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Polêmica das redações desvaloriza não só o Enem, mas também o corretor


A mídia tem sido tomada por um único assunto quando se trata de educação: o Enem. O vazamento de questões que tumultuou os últimos meses de 2011 ficou de lado quando uma polêmica maior surgiu: os equívocos na correção das redações


A história tem ocupado toda a mídia desde o início de janeiro, quando o Ministério Público do Ceará (MPF-CE) solicitou que a nota de redação não tivesse repercussão no Sisu (um sistema informatizado, gerenciado pelo MEC, onde instituições públicas de educação superior selecionam novos estudantes pela nota obtida no Enem.).

Com a solicitação negada pela Justiça Federal, foi encaminhado outro pedido, de que fosse feita a matrícula de todos os alunos prejudicados pelo critério de avaliação da redação do Exame Nacional do Ensino Médio. Mas o que realmente tornou a história relevante foi o estudante que teve sua nota alterada de 0 para 880 pontos graças a um pedido judicial.

A Justiça Federal anunciou que não tinha relação com a mudança da nota, e o MEC afirmou que o problema havia ocorrido somente com um estudante, o que só durou por alguns dias. No dia 16 de janeiro o MEC assumiu ter errado não somente a correção de uma redação, mas sim de 129.

Com um edital que não prevê o recurso de reclamar da nota obtida, os estudantes que queriam ter acesso a sua prova tiveram que entrar com pedidos na Justiça e tentar alterar sua nota. E após alguns estudantes terem seus pedidos atendidos, foi exigido que o privilégio de ver as redações fosse de todos.

Mesmo com o MEC relutante contra essa decisão foi aprovado que todos os candidatos tivessem acesso às redações. Decisão que durou menos de uma semana. Depois de 4 dias, a Justiça Federal negou o pedido.

Em meio a todos esses escândalos em torno das redações, foi cancelada a primeira edição do Enem 2012, que aconteceria no mês de abril. Foi decidido por Aloizio Mercadante, Ministro da Educação que assumiu o cargo há 18 dias que o sistema de correções vai ser totalmente reformulado para a prova desse ano que ocorrerá somente no mês de novembro.  

Emerson Sitta, Professor de Redação
O Professor Emerson Sitta, do nosso Colégio César Lattes - UNIESP defende o Exame: "O ENEM é uma prova de alcance nacional e por ainda ser nova, está sujeita a erros". Para o Professor, o que mais incomoda é a maneira como a mídia está tratando a situação: "Está havendo uma desvalorização do corretor. As pessoas que estão comentando as mudanças na mídia não são aptas para isso".

"Os corretores é quem deveriam estar opinando nos telejornais", diz Emerson. Enquanto a questão das redações do Enem estende-se pelos discursos ministeriais e veículos de comunicação, você confere mais sobre a opinião do nosso Professor de Redação, no Blog Redigir.

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Colégio César Lattes, que agora passa a fazer parte do Grupo Educacional UNIESP, busca através de sua proposta pedagógica realizar, em todos os momentos, um trabalho que contribua para a formação integral dos estudantes, de modo que eles possam progredir nos estudos e, ao mesmo tempo, se preparar para o trabalho em sociedade através de uma formação ética para o pleno exercício da cidadania.